domingo, 27 de maio de 2012

Comentários sobre a Marcha das Vadias


A Marcha das Vadias ganhou em 2012 caráter nacional e ocorre simultaneamente neste sábado em cerca de 20 cidades do Brasil e do mundo. Entre as cidades brasileiras que realizaram o protesto estão Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Vitória (ES), São Paulo (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP) e Sorocaba (SP).

A iniciativa busca chamar a atenção da sociedade de que a culpa da violência e do abuso sexual não é da vítima. "É do abusador e do estuprador", salientou Daniela Montper, uma das organizadoras do evento no Rio de Janeiro. "Quando a sociedade fica julgando a vítima, procurando algum motivo para dizer que ela mereceu (a violência), está tirando a culpa do estuprador, do abusador, e jogando em cima da vítima", acrescentou.
 

O movimento surgiu em Toronto, no Canadá, no ano passado, organizado por estudantes da universidade local, a partir da declaração de um policial que afirmou, durante uma palestra, que o fato de as mulheres se vestirem como "vadias" poderia estimular o estupro.

A marcha no Brasil defende outros temas, como o combate a toda forma de violência e abuso sexual contra meninas e mulheres, e prega a diversidade sexual.

Vamos analisar isso sobre o princípio da Não-contradição.

Princípio da Não-contradição é base do sistema binário que compõe os processadores de computador. Afirmativo lógico da idéia de que duas afirmações opostas não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo num mesmo sentido. Uma implica na anulação da outra, logo tornam-se mutuamente excludentes. Todo processamento de informações na mente humana depende, em última análise, da comparação, já que a mente apresenta apenas os mecanismos necessários para a construção de idéias; o que torna os pontos de referência tão importante, já que sem eles é impossível se estabelecer comparações e, logo, pensar - muito menos localizar contradições em suas idéias (base única de todo método válido de investigação para averiguar a veracidade. O processo de aprendizado se parece com o método científico: Consiste na observação, formulação de hipótese, experimentação, construção de teoria a partir dos dados experimentados e busca de contradições nesse sistema e em comparação com outros sistemas que foram desenvolvidos por outras pessoas para explicar a mesma situação que foi analisada antes por você.).
É a partir do Princípio da Não-Contradição que sabemos que toda reivindicação de verdade é exclusivista. Toda proposição que afirma uma coisa nega outra necessariamente (por pura lógica) assim como um músculo obrigatoriamente tem de relaxar para que outro que lhe está oposto se contraia.

Kant no Segundo Livro, cap. 2 de sua obra “Crítica da Razão Pura” afirma:

“A condição universal, embora puramente negativa, de todos os nossos juízos em geral, seja qual for o conteúdo do nosso conhecimento e a maneira que estiver em relação com o objeto, é a de não se contradizerem a si mesmos, e se assim não for são de per si nulos (mesmo independentemente do objeto).(...)Mas, o princípio da contradição, como princípio puramente lógico, não deve limitar suas afirmativas às relações de tempo, pelo que essa fórmula é completamente contrária ao seu fim. A confusão provém de que após termos separado um predicado de uma coisa, do conceito desta, une-se a seguir a esse predicado seu contrário, o que jamais dá uma contradição com sujeito mas apenas com o predicado que lhe foi anexado sinteticamente, e contradição que somente se apresenta quando se põe o primeiro e o segundo predicados num mesmo tempo. Se eu disser: um homem que é ignorante não é instruído, tenho que acrescentar a condição: ao mesmo tempo, mesmo porque o ignorante numa época pode ser instruído em outra, mas se eu afirmar: nenhum homem ignorante é instruído, a proposição então é analítica, porque o caráter da ignorância constitui aqui o conceito do sujeito, resultando imediatamente esta proposição negativa do princípio de contradição, sem ser necessário acrescentar a condição ao mesmo tempo.”

Costumeiramente a polícia dá dicas de segurança a população para que esta evite ser vítima de atos criminosos, porque nem sempre a polícia está no local para evitar que as pessoas sejam vítimas de roubo, assassinato ou sequestro, só lhes restando prender os criminosos, mas sob hipótese alguma se coloca a culpa na vítima.

Existe estupros dentro de casa e praticado por familíares, mas não significa que não ocorram fora da casa, na rua (um fato não elimina o outro), e a declaração do policial canadense que originou a marcha foi a de querer ajudar as mulheres e de forma alguma colocar a culpa nelas. Uma pessoa tem o direito de andar com a soma de dinheiro que desejar e não ser roubado, mas não é prudente, a culpa é da vitima se ela for roubada, de forma alguma, mas ela poderia ter evitado. Da mesma forma as mulheres com abuso sexual, andando em lugares ermos e pouca roupa ou afins. Elas tem o direito de ter sua integridade física respeitada pela coletividade, mas nem todos respeitam, por isso se deve tomar cuidados.

Não sei o motivo pelo qual as feministas se manifestam, mas é um show de vitimização, como se sempre fossem colocadas como culpadas pelos abusos. 

O feminismo é um movimento mais de apelo emocional do que por algum discurso lógico sem nenhuma contradição. 

O feminismo é cheio de contradições.  O feminismo alega que é igual ao homem, mas ao mesmo tempo elas alegam que são diferentes e desejam aposentar mais cedo, ou quando querem direito ao intervalo de 15 minutos garantido por lei as mulheres quando faz hora extra e outras diferenças. O feminismo alega ser um movimento que defende a igualdade, mas se o fosse elas não iriam desejar as mesmas condições. Elas citam aquele discurso de tratar os desiguais desigualmente a medida que se desigualam, mas isso é uma contradição, se são iguais devem ter o mesmo tratamento. Isso é só um recurso retórico para mascarar desejo por privilégios.


Um comentário:

  1. "Elas citam aquele discurso de tratar os desiguais desigualmente a medida que se desigualam"

    Esse é o discurso da moda. Quer dizer que na hora de se exigir deveres das mulheres, elas afirmam que são desiguais e que precisam de mais proteção, mas, na hora de obter direitos, aí sim, elas dizem que são iguais aos homens e que merecem os mesmos direitos que os homens? (NA VERDADE, AQUELES SERES QUE A SOCIEDADE TRATA COMO SUPERIORES AOS DEMAIS, JÁ TÊM MUITO MAIS DIREITOS QUE OS HOMENS).

    ESSA É A COISA MAIS ILÓGICA DO MUNDO. Isso só vinga porque VIVEMOS NUMA SOCIEDADE MISÂNDRICA E FEMINAZISTA.

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